Os sabores mais queridos estão guardados em nossa memória. Tardes subindo em árvores para comer amoras direto do pé. Uma colherada de mel da vovó. Aquele chocolate milagroso depois de um dia ruim (guardamos esse segredo). O sabor é algo tão curioso que cria raízes em nós, e é através dessa memória sensorial que você vai identificar as notas no café especial.
O sabor do café especial: técnica e ciência
Para formar o sabor do café especial, unimos mágica e química nas mãos do mestre de torra! Parece a profissão mais legal do mundo, né não? Para ficar fera no assunto (e impressionar os coffee lovers de plantão) leia: Como é formado o sabor do café especial.
A Roda de Sabores do Café
O ser humano é um camarada bacana e cria manual para tudo, com a degustação do café especial não seria diferente. A Roda de Sabores do Café serve como um fiel escudeiro na hora identificar o sabor do café especial. Idealizada em 1995 pela World Coffee Research (WCR) junto a Specialty Coffee Association (SCA), foi reajustada para a indústria 20 anos depois. Os estudos acerca do perfil sensorial das bebidas já é conhecido no mundo dos vinhos, destilados e afins. A Roda de Sabores do Café envolve muita técnica, ciência e um cuidado especial com foco no café. Além disso, o reajuste decidiu focar em sabores mundiais. Você aqui nesse Brasilzão usando a mesma roda de sabores que alguém lá na Etiópia (o berço do café), é isso aí!
A melhor maneira de usar a Roda de Sabores do Café
Ela funciona de dentro para fora, ou seja, a primeira coisa para se atentar é a sensação! Isso mesmo: qual é a sensação que o café deixa na sua boca? Mas ó, não vale responder felicidade (embora seja verídico).
Alguns pontos da nossa língua realçam melhor cada uma dessas sensações: doçura, amargor, salgado e acidez. A ponta da língua, por exemplo, realça a doçura. Por outro lado, o fundo nos apresenta o amargor! Sabemos que você já correu para testar isso, então outros pontos podem ajudar.
Vale lembrar que comer de tudo é mega importante para construir memórias sensoriais! Como você vai identificar notas de ameixa no café se nem tem coragem de comer a coitada?
A prova se faz provando além do café! Você precisa criar a sua biblioteca sensorial.
É interessante provar dois cafés diferentes ao mesmo tempo, assim você pode comparar! Já separa o caderninho e a caneta para anotar as primeiras impressões e o que está sentindo. Manter um diário de degustação de café te ajuda a analisar as diferentes percepções ao longo dos dias, além de ser chiquérrimo, né?
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Vai na fé e com calma: a prova deve ser prazerosa
Depois que você já consegue entender o que sua língua está sentindo, aí sim é hora de entender a nota específica. Aliás, não precisa ficar pirado nisso não, afinal, só de falar “o café que eu tomei é cítrico e frutado” já te deixa maneiro também! Brincadeiras à parte, o teste sensorial deve ser leve e constante! Respira fundo, prova e continua. Já ouviu a frase que o caminho se faz caminhando? A prova se faz provando. Ok… não ficou tão bom.
O interessante na Roda de Sabores é que ela te auxilia conforme as suas percepções. O mais importante é provar e comparar, depois, confere até onde a roda sensorial te leva.
Compartilhe a experiência sensorial!
Olhando essa roda até fica difícil de acreditar que todos esses sabores podem ser encontrados na sua xícara de café. É o poder da roça em conjunto com a magia da torra! Café verídico é mais que café, mas isso você já sabe aí no seu coração.
Provar café especial fica mais legal em conjunto, então aproveita para compartilhar essa experiência com alguém que você ama. Dá até para montar um jogo legal e ver as diferenças nas anotações.
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