Conhecer as características dos diferentes tipos de grãos de café é uma vantagem e tanto para quem procura uma verdadeira experiência gastronômica com a bebida. Cada grão traz particularidades relacionadas à acidez, doçura e aroma, de forma que explorar as variedades proporciona descobertas incríveis.
Por isso que, quanto mais você descobrir quais são os diferentes tipos grãos de café e prestar atenção nas suas características, mais agradável e interessante se tornará o simples ato de tomar um cafezinho.
Para ajudar nesse processo de descobrimento, listamos sete grãos de café apreciados e suas principais características. Você também confere algumas informações sobre a relação do Brasil com o café. Continue a leitura!
Brasil e a produção de café
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, mas, além dele, países como Colômbia, Vietnã e Etiópia se destacam no cultivo do grão. Também somos, aliás, o segundo país que mais consome a bebida.
Esta é uma informação importante porque, de acordo com a variedade cultivada, com o tipo de solo e até de clima, cada grão vai apresentar características diferenciadas que valem a pena conhecer para aprimorar sua experiência!
A localização do território brasileiro, portanto, possibilita que plantemos diversos tipos de café com aromas, sabores e outras qualidades bem acentuadas. É justamente por isso que somos uma referência no cultivo em escala global.
Para entender mais de cada um dos tipos de grão e quais suas notas especiais, confira as informações sobre cada um deles.
1. Café Arábica
Esta variedade surgiu nas montanhas da Etiópia, na África, e não é por acaso que uma das principais recomendações para a plantação deste café é considerar a altitude do local. Quanto mais alto ele for cultivado, melhor será a qualidade do grão.
Normalmente, as bebidas consideradas especiais são feitas com o café Arábica que, apesar de ter um teor de cafeína mais baixo, tem uma complexidade de aromas muito particular.
Alguns dos cafés mais consumidos no Brasil e de melhor qualidade são originários dessa variedade, como o Novo Mundo, o Bourbon, o Catuaí, o Catucaí, o Topázio, o Icatu e o Acaiá.
O Arábica e suas variedades são plantados em altitudes acima de 800 metros em diversas regiões do Brasil, sendo exemplos de Estados produtores Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, e uma produção bastante pequena no Espírito Santo.
2. Café Bourbon
O Arábica é um café que origina outras variedades, sendo uma delas a Bourbon. Sua origem remete à Ilha de Bourbon, no leste de Madagascar. Em 1859, ele chegou em território nacional e passou a ser altamente cultivado na região do Cerrado Mineiro, em Minas Gerais.
O Bourbon é plantado acima de 800 metros, o que torna o cultivo deste grão bastante específico e até um tanto complicado, feito com cuidado e dedicação por parte dos cafeeiros.
Esta dificuldade vale a pena, visto que o grão é um dos que têm mais qualidade no mundo. O aroma é bem intenso e o sabor complexo, com notas de avelã. A acidez é baixa, o corpo é médio e a bebida costuma ser adocicada com tons de chocolate.
Esta variedade se divide em outras duas, sendo o Bourbon Vermelho e o Amarelo. A grande diferença entre elas é que a segunda tende a ser mais doce e seu plantio é mais fácil, por ser mais resistente.
No entanto, ambos os tipos de Bourbon possuem muita qualidade e são um dos cafés mais especiais cultivados em território nacional.
3. Café Acaiá
O Acaiá é outra variedade do Arábica, nascida de uma mutação natural do Mundo Novo.
A plantação acontece, também, acima de 800 metros do nível do mar e este tipo de grão encontrou prosperidade para se desenvolver em solo brasileiro, tendo características que não são encontradas em outras localidades. Por isso, é considerado um café especial e até raro.
A fruta tende a ser bem grande e o resultado da bebida preparada com esta variedade é um café suave, com notas frutadas, corpo equilibrado e acidez mediana.
É muito utilizado para criar blends poderosos e saborosos, sempre combinados com tipos de grãos mais fortes.
4. Café Catuaí
Criado pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas), o Catuaí é uma espécie desenvolvida completamente em território brasileiro. Atualmente, 45% das lavouras cafeeiras produzem esta espécie.
Os estudos para que o grão surgisse começaram em 1949 e, em 1972, ele foi lançado oficialmente para os consumidores no mercado. Segundo o pesquisador Gerson Giomo, a variedade é resultado do cruzamento entre o Mundo Novo e o Caturra.
Assim como o Bourbon, existe o Catuaí Vermelho e o Amarelo, sendo o primeiro mais encorpado e com amargor mais acentuado, e o segundo mais suave e delicado no paladar.
O plantio do Catuaí é mais simples. O método foi desenvolvido para facilitar o cultivo para os produtores, com plantas mais baixas e mais resistentes. As plantações situadas acima de 1.000 metros geram bebidas com mais qualidade.
O nome do café, inclusive, é uma homenagem aos indígenas tupis-guarani, e significa “muito bom”.
5. Café Robusta
Para efeitos de comparação, o café Robusta tem o dobro de cafeína do que o Arábica e, justamente por isso, é considerado uma bebida forte. É um dos grãos mais produzidos no mundo e isso acontece porque é um tipo que se adapta a diferentes ambientes, devido sua resistência.
Ao provar uma bebida feita com o Robusta, certamente você vai perceber uma textura suave, baixa acidez e um corpo pesado por conta das notas amargas. Assim como o Arábica, o Robusta também está presente em outros grãos de café que são resultados de misturas.
O café solúvel, muito consumido no cotidiano brasileiro, é produzido principalmente com o Robusta, o que explica o amargor característico. No entanto, isso não quer dizer que este café possui menos qualidade.
Na realidade, o café especial da linha Robusta e suas variedades são muito cobiçados e, quando cultivados com cuidado, geram cafés ricos em características e qualidades.
6. Café Geisha
Apesar do nome nos fazer lembrar o Japão, esta variedade de café não tem nenhuma relação com o país oriental. Pelo contrário, o café Geisha é originário da Etiópia e tem sido produzido na América Latina, especialmente no Panamá.
Seu cultivo não é muito popular por conta do baixo rendimento, no entanto, na província panamenha de Chiriquí, o café Geisha é estrela e sua produção é exportada para diversos países. Quanto às características, a bebida é considerada delicada, com aromas florais e notas frutadas.
Em 2018, esta variedade recebeu o troféu no Cup of Excellence como o melhor café do Brasil, produzido em terras mineiras.
7. Café Kona
O café Kona é cultivado na cidade de mesmo nome localizada no Havaí, Estados Unidos. A região é conhecida pelo colo vulcânico, que confere características especiais a esse grão, considerado um dos melhores do mundo!
Na boca, o Kona é aveludado e traz um sabor de frutas. É um dos cafés mais caros do mundo.
Claro que conhecer as diferenças entre os cafés é importante para fazer as melhores escolhas para o seu tipo de paladar. Mas não se esqueça também de procurar os melhores fornecedores do mercado, pois serão eles que garantirão que o produto escolhido tenha a qualidade que você procura para apreciar a melhor bebida.
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